Francis-Marie Martinez de Picabia, pintor e escritor francês, filho de mãe francesa e de pai espano-cubano, nasceu a 22 de Janeiro de 1879 em Paris.
Cultor da pintura impressionista, a partir de 1909 interessou-se pelo fauvismo e pelo cubismo. Em 1913 participou no Armory Show de Nova Iorque e relacionou-se com Marcel Duchamp, seu companheiro do movimento Dada em Nova Iorque já nos anos de 1920. Esse contacto com Duchamp deu origem à série de máquinas impossíveis (O Menino Carburador, Máquinas, Girai Depressa), em que ridicularizou a sua eficácia e exaltou os valores humanos que iam paulatinamente destruindo.
Em 1927 Francis Picabia pintou uma série de transparências em que representou imaginações e fantasias poéticas (caras e corpos aparecem no meio de flores e borboletas) com associações concretas.
Na década de 1930 Picabia tornou-se um pintor convencional e académico, mas em 1945 voltou novamente à ideia abstracta e introduziu a ideia de "arte amorfa", que mais não é do que um gesto.
As constantes transformações a que submeteu a sua pintura, e também a sua provocação no sentido de um deliberado e provocante mau gosto (bad), tornaram Francis Picabia uma referência importante nos anos 80 do século passado. Publicou os livros de poemas Pensées sans Langage (1919) e Cinquante-Deux Miroirs (1917).
Sem comentários:
Enviar um comentário