quinta-feira, 21 de novembro de 2013

René Magritte

René François Ghislain Magritte, um dos mais famosos artistas surrealistas belgas, nasceu em Lessines no dia 21 de Novembro de 1898.

Sua mãe, Régina, após anteriores tentativas goradas, suicidou-se por afogamento no rio Sambre, no dia 12 de Março de 1912. René estava presente quando o corpo de sua mãe foi retirado das águas do rio.

Formado na Académie Royale des Beaux-Arts, de Bruxelas, depois de um período de influência cubista conheceu, em 1923, a obra de Giorgio de Chirico, o que o aproximou da poética surrealista, entrando posteriormente (1926) em contacto com André Breton e o grupo parisiense.

O facto de ser um pintor de cavalete não impediu Magritte de executar importantes murais, como os do Palácio das Belas-Artes de Charleroi, ou os do Casino de Knokke-le-Zoute (Bélgica).

A pintura de Magritte não enveredou pela habitual distorção formal de outros surrealistas para reproduzir, com uma técnica que se aproxima da ilustração, objectos e personagens convencionais, paradoxalmente agrupados num ambiente de estranheza  e de mistério. Salientam-se entre os seus quadros O Duplo Segredo (1928), A Condição Humana II (1935) e a Manhã Encantada (1952).

Durante e a seguir à guerra, Magritte usou um cromatismo menos preciso e mais pictórico de um violento mau gosto. É a pintura vache, de algum modo precursora da bad painting dos anos 80.

Regressado à sua mais tradicional forma de figurar, Magritte, dada a grande procura de alguns dos seus temas centrais, vai trabalhar à maneira dos antigos ateliers, produzindo um certo número de réplicas das obras mais apreciadas, estando neste caso o famoso Empire des Lumières.

Magritte morreu de cancro, na sua casa de Bruxelas, no dia 15 de Agosto de 1967, com 68 anos de idade. Está sepultado, ao lado da esposa, no cemitério comunal de Schaerbeek, em Bruxelas. O túmulo foi objecto de um processo de classificação como monumento.
 
La Tentative de l'Impossible, 1928, Galeria Isy Brachot, Bruxelas

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