Nascido em Cremona, Itália, baptizado a 15 de Maio de 1567, Claudio Giovanni Antonio Monteverdi, gambista, cantor, maestro e prestigiado compositor do Maneirismo e do Barroco, provavelmente o melhor da sua geração, trabalhou como músico desde 1590 na corte de Mântua e a partir de 1613 foi director musical de S. Marcos de Veneza.
A sua obra contribuiu para a mudança estilística ocorrida na música depois de 1600. Aperfeiçoou o novo estilo monódico. Os seus madrigais confirmaram o fim de um género que havia durado 70 anos e iniciaram os novos protótipos do stilo rappresentativo e do stilo concitado.
A sua actividade centrou-se sobretudo no drama musical. Nas suas óperas Orfeo (1607), Ariadna (1608), Il Ritorno d'Ulisse in Patria (1640) e L'Incoronazione di Popea (1642) introduziu numerosas inovações: dissonâncias, independência da orquestra, que já não actuava como mero acompanhamento, e um aproveitamento mais intenso da expressividade dos seus instrumentos; novos efeitos sonoros, como o trémolo e o pizzicato; incorporação do coro, que até a essa altura apenas cantava ao fim das cenas, nos momentos dramáticos; o dueto e numerosos tipos de dança na ópera, bem como uma interpretação mais rica da introdução operística, integrada por uma tocata e por um ritornelo.
Claudio Monteverdi faleceu em Veneza a 29 de Novembro de 1643.
(Adaptado de Lexicoteca, Moderna Enciclopédia Universal, Círculo de Leitores, 1986)
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