Este "The Conspirator", filme dirigido por Robert Redford, ocupa-se dos acontecimentos imediatamente após o assassinato de Abraham Lincoln e do processo jurídico que julgou e condenou oito pessoas acusadas de conspiração, entre as quais Mary Elizabeth Jenkins Surratt (Robin Wright), viúva, sulista, com dois filhos e proprietária da pensão onde os sete homens se reuniram para planear o rapto do Presidente, para troca pela libertação de prisioneiros confederados, mas que acabaria por resultar na sua morte. Frederick Aiken (James McAvoy), um advogado de 28 anos aceita com grande relutância defender Mary Surratt diante de um tribunal militar e rapidamente se apercebe que a sua cliente, que pode estar inocente, serve de "bode expiatório" perante uma nação sedenta de vingança a qualquer custo e que irá ser submetida a um julgamento cujo desfecho está previamente decidido.
O enredo do filme é como que uma lição de história sobre o final da guerra civil americana e do assassinato do Presidente Lincoln. Mas a vertente jurídica que é abordada oferece-nos alguma explicação acerca da evolução do sistema judicial norte-americano desde essa altura, nomeadamente no que respeita às garantias de defesa dos arguidos, por muitos considerados excessivas, em qualquer tipo de processo jurídico que os tenha acusado.
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