sexta-feira, 10 de junho de 2011

"A Árvore da Vida"

Diz-nos a sinopse publicitária que o filme "acompanha o crescimento do filho mais velho, Jack, da inocência da infância até à desilusão da vida adulta, na tentativa de se  conciliar na relação complicada com seu pai. Jack vê-se como uma alma perdida no mundo moderno, procurando respostas para as origens e sentido da vida, enquanto questiona a existência da fé".
 
"The Tree of Life", obra premiada no último Festival de Cannes com a "Palma de Ouro", filme de Terrence Malick, com interpretações parcimoniosas de Brad Pitt, Sean Penn e Jessica Chastain é, sob o ponto de vista estético, um filme muito belo, com excelente imagem e trilha sonora de grande qualidade. Porém, o processo narrativo que Malick utiliza, levanta muitas interrogações aos espectadores e chega a desmotivar ou desencorajar uns poucos. A longa sequência inicial, que mais se assemelha à introdução de um bom documentário do National Geographic Channel do que a um filme de enredo, é suficiente para assustar os menos prevenidos. Mais que uma vez, parece que Malick pretende fazer-nos evocar Kubrick, mostrando-nos imagens telúricas, sequências sobre a origem da vida, sobre a evolução das espécies, cenas que nos trazem à lembrança cenas semelhantes de  "2001: Odisseia no Espaço".

Demasiado longa, a despeito da notória fragilidade do desenvolvimento da história de base, enigmática até roçar o hermetismo, inconcludente, a obra é bela, mas não se afigura merecedora de excessivos encómios, mesmo que expressos em "Palma de Ouro".

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