Eddie Morra (Bradley Cooper), um jovem escritor em início de carreira, confrontado com um bloqueio do seu processo criativo, abandonado pela namorada (Abbie Cornish), sem dinheiro, encontra inesperadamente o irmão da ex-mulher que lhe oferece um comprimido de NZT, uma droga experimental que permitiria ampliar os limites do conhecimento e do raciocínio ao facilitar o uso integral das capacidades do cérebro. Incrédulo e a contragosto, ele aceita a amostra grátis do ex-cunhado e comprova as anunciadas propriedades da droga. Com um comprimido por dia, ele torna-se mais inteligente, mais rápido no raciocínio, com acesso instantâneo às memórias mais recônditas, intuitivo e carismático, ou seja, torna-se uma versão quase perfeita de si mesmo. As novas capacidades aumentam a sua autoconfiança e agilidade mental, o que lhe permite discorrer sobre direito, economia, mercados financeiros, política e até aprender rapidamente outras línguas. O sucesso ocorre também com as mulheres e ele dorme com algumas das mais belas de Nova Iorque. Para poder ganhar dinheiro mais rapidamente lança-se na especulação bolsista e é então que conhece Carl Van Loon (Robert De Niro) que logo o quer contratar. Mas a droga começa a revelar-se não inócua e surgem os efeitos adversos. E Eddie começa também a ter que se confrontar com outros utilizadores do NZT.
Deve ser destacado o grafismo do filme. Neil Burger e o seu director de fotografia Jo Willems conceberam e criaram um originalíssimo efeito visual em que a câmara parece passar a alta velocidade através de tudo o que está à sua frente. E não poderia haver melhor cenário para este efeito que a cidade de Nova Iorque onde se podem combinar tantas luzes e tanto movimento quantas um cérebro pode absorver quase instantaneamente. Imaginativos também os elementos de iluminação e cor "mais quente" que ilustram as transformações sentidas pelas personagens sob o aludido efeito fisiológico da droga.
Enfim, um thriller (de título original "Limitless") diferente do habitual, quer pela imaginação do roteiro, quer pelo tratamento formal, embora a mensagem final, se é que ela existe, possa ser o da apologia da droga, que teríamos obviamente que condenar.
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