Beverly Sills, nascida Belle Miriam Silverman, soprano norte-americana de ascendência ucraniana e romena, a mais popular cantora de ópera dos Estados Unidos da América nas décadas de 60 e 70 do século passado, nasceu a 25 de Maio de 1929 em Brooklyn, Nova Iorque. Começou a tornar-se famosa em Outubro de 1955, quando se estreou na New York City Opera (NYCO) como Rosalinde, da ópera Die Fledermaus, de Johann Strauss II, recebendo elogios da crítica. Desde então, tornou-se uma estrela dos palcos da NYCO. Em 1958, a sua reputação como cantora cresceu com a estreia, em Nova York, de The Ballad of Baby Doe, do compositor Douglas Stuart Moore.
Em 1956, casou com o jornalista Peter Greenough, tendo com ele dois filhos, Meredith em 1959 e Peter Jr. em 1961. As deficiências de ambos (Meredith era quase surda e Peter era deficiente mental), fizeram com que Beverly restringisse a sua agenda para cuidar melhor deles e que passasse a aproveitar o seu prestígio como cantora lírica para ajudar na prevenção e no tratamento das anomalias congénitas, recolhendo mais de 70 milhões de dólares para essa causa.
Sills teve sucessos estrondosos na NYCO com Lucia di Lammermoor, Manon, a Rainha de Shemakha (O Galo de Ouro, de Rimsky-Korsakov) e as 3 protagonistas femininas (Giorgetta, Suor Angelica e Lauretta) da trilogia Il Trittico, de Puccini. Em 1969, apresentou-se no Teatro alla Scala, de Milão, como Pamira em O Sítio de Corinto, de Rossini, com um êxito tão grande que foi capa da revista Newsweek. Apresentou-se várias vezes na Europa e, bem menos, na América do Sul, embora se radicasse mais na sua terra natal devido à família.
Em Outubro de 1980, Beverly Sills retirou-se dos palcos com uma gala de despedida na New York City Opera. Nesse mesmo ano, tornou-se directora geral do teatro, mantendo-se no cargo até 1989 e ajudou a tornar a companhia, até então financeiramente problemática, num empreendimento de sucesso.
Em Junho de 2007, Sills, que não fumava, foi hospitalizada, gravemente doente, devido a cancro do pulmão. Faleceu a 2 de julho de 2007 aos 78 anos, deixando um indiscutível legado para a Ópera e para as artes em geral. Quando do seu falecimento, o New York Times considerou Beverly Sills a cantora de Ópera mais popular nos Estados Unidos desde Enrico Caruso.
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