Marcos Portugal (Marcos António da Fonseca Portugal), compositor e organista de música erudita, nasceu em Lisboa a 24 de Março de 1762, faz hoje 249 anos. Entrou com 9 anos para o Seminário da Patriarcal, onde fez a sua educação musical. Compositor desde os 14 anos, tornou-se organista da capela da Patriarcal e em 1785 regente de orquestra no Teatro do Salitre. Viveu em Nápoles de 1792 a 1800; em 1794 estreou-se no Scala de Milão a sua ópera Il Demofoonte. Em 1796 viu representarem-se em Itália quatro óperas suas: Zulima (em Florença), L'Ingano Poco Dura (em Nápoles), La Donna di Genio Volubile (em Veneza) e La Confusione Nata Della Somiglianza (em Milão). Durante a sua estada em Milão compôs vinte e uma óperas. Regressado a Lisboa, foram-lhe confiados os cargos de mestre da capela real e do Teatro de S. Carlos, professor do Seminário da Patriarcal e professor dos príncipes. Até à partida da corte para o Brasil, em 1807, compôs novas óperas e nova música para o Demofoonte, interpretado em 15.08.1808 na presença de Junot. Este, fez copiar óperas de Marcos Portugal para enviar a Napoleão. Em 1810 resolveu juntar-se à corte no Rio de Janeiro. Ali chegado compôs sobretudo música religiosa para a capela real. Vítima de dois acidentes vasculares cerebrais em 1821, Marcos Portugal não pôde acompanhar a corte no seu regresso a Portugal. Um terceiro acidente vascular cerebral, em 1830, foi-lhe fatal. Morreu relativamente esquecido no dia 17 de Fevereiro desse ano, no Rio de Janeiro. Contudo, as suas obras haviam sido conhecidas por toda a Europa, sendo um dos mais famosos compositores portugueses de todos os tempos.
Sem comentários:
Enviar um comentário