Em Paris, no século XIX, o valor económico de uma pintura podia ser avaliada olhando para o reverso do quadro. Se tivesse inscrito um "R", o seu valor era inferior, pois indicava que o quadro tinha sido recusado pelo júri oficial do "Salon de Paris" (link). Era uma obra "reprovada", ou seja, não tinha sido exposta na exposição anual do Salão e, portanto, tinha menos valor que as pinturas que tinham sido incluídas nela. Mais de uma negativa por parte do júri significava normalmente para o artista afectado um "acabou-se", pois o Salão tinha uma indiscutível posição de monopólio; só nele os artistas podiam mostrar as suas obras ao público, bem como a coleccionadores, galeristas e críticos.
(Adaptado de "Impressionismo", Martina Padberg, Ed. h.f.ullmann, 2008)
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