Com argumento baseado em duas das obras de Colette, "Chérie" e "La Fin de Chéri", este filme de Stephen Frears prima pela interpretação soberba de Michelle Pfeiffer. Contudo, o modelo de narração, adoptado provavelmente, pela necessidade de condensar toda a acção em cerca de 90 minutos, torna o filme demasiado "frio", por vezes até superficial. Talvez o facto de os principais intérpretes não serem franceses também possa ter contribuído para a menor profundidade das personagens que interpretam. O desempenho de Kathy Bates, parece o menos conseguido, pela excessiva exuberância. Rupert Friend tem uma interpretação correcta, mas parece-nos ser mal escolhido para a personagem, pela sua fisionomia demasiado efeminada (ocorria-nos constantemente a face da jornalista portuguesa Constança Cunha e Sá...). Passado no período da "Belle Époque", de salientar o excelente guarda-roupa e os luxuosos décors onde acertadamente predomina a denominada "Arte Nova".
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