De regresso ao Centro Cultural de Belém, alguns meses depois da primeira visita. Em exposição, parte da Colecção Berardo (link), talvez um terço ou metade da sua totalidade, e outra, temporária e inopinada, que acolhe o visitante completamente desprevenido se revela ser a exaltação (auto-exaltação?) de um ego descomunal: "Pancho Guedes, Vitruvius Mozambicanus" (link).
Diz Guedes a respeito de si próprio: «Trabalhei com muitos estilos simultaneamente. Há já muito tempo que desisti de qualquer tipo de cronologia. Em vez disso, classifiquei as minhas intervenções arquitectónicas em diversas famílias, tendo-as arquivado num catálogo mais ou menos definitivo de vinte e cinco arquitecturas diferentes.»
Diz Guedes a respeito de si próprio: «Trabalhei com muitos estilos simultaneamente. Há já muito tempo que desisti de qualquer tipo de cronologia. Em vez disso, classifiquei as minhas intervenções arquitectónicas em diversas famílias, tendo-as arquivado num catálogo mais ou menos definitivo de vinte e cinco arquitecturas diferentes.»
Trata-se de um arquitecto, por acaso nascido em Lisboa, cuja biografia é apresentada, cujas obras, todas (certamente não faltará uma única), são depois minuciosamente documentadas, distribuindo-se a exposição por múltiplas salas que parecem nunca mais acabar. Uma acumulação inenarrável de plantas, projectos, esboços e estudos, entremeados por pinturas, esculturas, máscaras, etc., tudo do mesmo autor, mas que aparecem assinadas com outro nome. Pelo meio um ou ou quadro, dos de menor qualidade, do celebrado pintor moçambicano Malangatana (link).
Em suma, uma seca. Os visitantes deviam ser avisados à entrada... Aquela exposição interessa obviamente ao próprio e, talvez, a alguns arquitectos. Mas, para o público em geral...
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