sábado, 23 de maio de 2009

Surrealismo (3)

La persistencia de la memoria (link), Salvador Dali (link), 1931, Museum of Modern Art, Nova Iorque, E.U.A.
[Os relógios flácidos, esvaziados de toda a materialidade, e a definição precisa de cada pormenor conferem à obra um carácter de visão onírica alucinada e de fascinante transformação do mundo real numa perspectiva visionária. (in "Guia de História da Arte" , Editorial Presença, 5.ª edição, 2002)]

Os surrealistas levam às suas mais extremas consequências a dissociação da lógica da realidade e procuram a sua inspiração na dimensão psíquica mais profunda do homem, ou seja, no inconsciente. Freud, com a sua obra "A Interpretação dos Sonhos" (1900), teve grande repercussão no início do século XX. O conceito de psique humana ampliou-se enormemente. As interrogações acerca dos processos mentais impulsionou a investigação dos surrealistas. Tudo o que até então tinha parecido absurdo, impossível e improvável, passou a fazer parte da vida cultural.

Os surrealistas utilizaram uma técnica pictórica muito precisa, cuja finalidade era outorgar um carácter quase tangível a imagens que pertenciam à dimensão mental e não à real. Com efeito, os objectos aparecem deformados ou situam-se em contextos totalmente alheios ao seu âmbito habitual.

(Adaptado de "História Ilustrada da Arte" de Maria Carla Prette e Alfonso De Giorgis, Girassol Edições, Lda.)

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