
Os objectos mais comuns e banais começam a fazer parte do universo artístico. Denominado de acordo com a sua função ou renomeado pelo artista, o objecto coloca em primeiro plano o acto conceptual da escolha. (in "Guia de História da Arte", Editorial Presença, 5.ª edição, 2002).
A intenção dessacralizante e de descontextualização e a ideia segundo a qual é a «escolha» que torna o objecto artístico [...] atingem o seu ponto culminante com o famoso urinol que Duchamp enviou para uma exposição em 1917, com o título Fontaine e assinado R. Mutt. A «obra» foi recusada por a julgarem vulgar e imoral, mas o autor escreveu uma carta de protesto: «O facto de Mutt ter, ou não, fabricado a fonte com as suas próprias mãos não tem qualquer importância. Escolheu-a. Pegou num elemento banal da vida e dispô-lo de tal forma que o significado utilitário desaparece sob o novo ponto de vista: ele criou uma nova ideia para esse objecto». (adaptado de "História da Arte Contemporânea", Renato De Fusco, Editorial Presença, 1988).
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