O estilo de Piet Mondrian (Amersfoort, 1872 - Nova Iorque, 1944) começou por ser naturalista. Cerca dos 30 anos, apaixonou-se pela teosofia, a cujos pressupostos se manterá fiel durante toda a vida. Para ele, o cubismo, que conheceu em 1911-1912, não passava de um mero instrumento para a construção de um princípio unívoco de conhecimento: o encontro da vertical com a horizontal, ou seja a «cruz». O seu abstraccionismo é uma pintura «filosófica», baseada numa interpretação da imagem como evento simbólico e universal. Isso explica a constância com que, entre 1920 e 1940, pintou, em certo sentido, sempre «o mesmo quadro». Só em Nova Iorque, já no fim da vida, é que abandonou o esquema fundamental elaborado vinte anos antes e, sob a influência da cultura americana, fez as experiências intituladas Broadway Boogie Woogie e Victory Boogie Woogie.
(Adaptado de "Guia de História da Arte", Editorial Presença, 5.ª edição, 2002)
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