«Um quadro que não se parece com nenhum outro» (John Golding)
Os rostos estão deformados, como nas máscaras africanas, as figuras são quebradas, como esculturas e assentes numa superfície, porque o fundo não se situa atrás delas, mas entre elas. O espectador deixa de ter a visão segura e absoluta que a tradição ocidental sempre privilegiou desde o Renascimento e tem de recorrer a novas técnicas de leitura e de compreensão.
A obra evoca as figuras nuas de Cézanne, deformadas segundo as indicações plásticas provenientes da escultura ibérica pagã e da arte negra.
(Adaptado de "Guia de História da Arte", Editorial Presença, 5.ª edição, 2002)
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