Os anos foram passando e, do menino que éramos, até ao candidato a avô que somos, muitos Natais foram celebrados, geralmente em família, outras vezes a trabalhar, que há actividades que não podem parar. E, se ao longo destas dezenas de anos, muitas recordações se foram esbatendo, a lembrança das pessoas, entretanto desaparecidas, torna-as presentes sempre que se avizinha a quadra natalícia. De facto, o que tem verdadeiro significado nesta data, não são as prendas, os manjares, os enfeites alusivos, nem apenas a liturgia, os rituais judaico-cristãos. Como já alguém disse, o que importa mesmo são as pessoas, as que estão connosco, as que amamos, aquelas a quem nos liga uma sólida amizade, mas também essas outras, as que partiram, que são já bastantes, a quem continuamos unidos pela saudade.
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