segunda-feira, 21 de março de 2016

Neste "Dia Mundial da Poesia"

A ciência, a ciência, a ciência...

A ciência, a ciência, a ciência...
Ah, como tudo é nulo e vão!
A pobreza da inteligência
Ante a riqueza da emoção!

Aquela mulher que trabalha
Como uma santa em sacrifício,
Com quanto esforço dado ralha!
Contra o pensar, que é o meu vício!

A ciência! Como é pobre e nada!
Rico é o que alma dá e tem.

(Fernando Pessoa, "Poesias Inéditas", Lisboa: Ática, 1955. 4-10-1934)

Sem comentários: