Dizem que é um dos maiores grupos empresariais de Portugal, uma empresa estratégica para o país. Domina o negócio das telecomunicações fixas e móveis, impõe-se no mercado da televisão por cabo e por satélite, conserva antigos tiques monopolistas. Trata-se, efectivamente, de uma importante empresa portuguesa.
Infelizmente, a minha experiência concreta com as empresas do Grupo PT é deplorável. Aderi desde o aparecimento dos telemóveis à rede TMN, sou cliente do SAPO e ainda mantenho o telefone fixo da PT Comunicações. Todas estas empresas me surpreendem inopinadamente. Sempre com surpresas desagradáveis, pois.
A qualidade dos serviços que me prestam têm inexplicáveis altos e baixos.
O atendimento nas escassas lojas oficiais disponibilizadas, sempre apinhadas de clientes, é demorado e problemático.
Desde que tal foi possível, aderi ao sistema de débito directo e de factura electrónica. Têm vindo a traduzir-se, regularmente, em sobressaltos - débitos não explicitados, facturas que não foram enviadas, facturas acumuladas por não terem sido submetidas a pagamento nos prazos devidos, etc. - tudo tem acontecido.
E quando pretendo obter esclarecimentos ou resolver os problemas pelo próprio meio de que sou utilizador, isto é, através do telefone ou do telemóvel, sou confrontado com o inevitável menu de orientação geral, seguido de longa espera até ouvir a mensagem de não ser possível o atendimento personalizado por acumulação de chamadas em espera... Quando se chega ao contacto directo com o operador, o esclarecimento é geralmente interrompido, confuso, inadequado, ou termina com mero pedido de desculpa pelo lapso ocorrido e a solicitação de... pagar. Pagar sempre, ou o serviço poderá ser interrompido, ainda que o cliente, que sou eu, que somos todos nós, tenha razão na reclamação.
É este o tal grupo empresarial que o governo português quer manter a todo o custo nas mãos dos actuais accionistas e respectivo Conselho de Administração.
Para continuar com a actual qualidade de serviços e o mesmo tipo de atendimento? Para perpetuar o modelo monopolista?
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