terça-feira, 19 de setembro de 2017

Propostas da Estratégia Nacional para o Envelhecimento Activo e Saudável 2017-2025

Saúde

Promover acções dirigidas ao auto-cuidado, à vigilância da saúde, à vacinação, aos rastreios, aos exames médicos, adesão ao plano terapêutico e a outros cuidados de saúde

Criar um programa de vigilância da saúde das pessoas idosas que institua o registo da avaliação das funcionalidades e que compreenda a realização de avaliações regulares com vista à detecção precoce de défices funcionais, défices psíquicos ou doenças crónicas logo a partir dos 50 anos de idade

Instituir diagnóstico compreensivo obrigatório aos 65 anos

Estabelecer um Plano Individual de Cuidados (PIC) como instrumento de intervenção integrada em todos os idosos com várias patologias e que inclua um sistema de “bandeiras vermelhas” que sirvam de alerta sempre que, por exemplo, haja um recurso frequente às urgências, faltas sucessivas a consultas ou sinais de negligência ou maus-tratos

Referenciar a pessoa responsável pelos cuidados ao idoso. Nos casos em que seja necessário, aquela deve receber formação para os cuidados a dar e o seu estado geral de saúde e o nível de exaustão devem ser avaliados periodicamente

Definir uma estratégia de combate à polimedicação tornando-a de justificação obrigatória quando inclua mais de cinco medicamentos

Adaptar a triagem nas urgências hospitalares aos idosos, criando um sistema de diferenciação positiva

Generalização do projecto Centro de Saúde Amigo das Pessoas Idosas

Criar unidades de agudos para doentes idosos e equipas multidisciplinares capazes de dar uma resposta integrada aos doentes idosos


Educação e participação

Investir na formação e educação sobre o envelhecimento em todos os graus de ensino, integrando nos programas e metas curriculares a valorização da pessoa idosa

Incentivar a investigação académica na área do envelhecimento

Alertar as instituições do ensino superior para as necessidades de adequação dos planos curriculares às características populacionais emergentes

Apoiar o desenvolvimento de universidades seniores e desenvolver o Erasmus Senior que promova intercâmbios no espaço europeu dos idosos que frequentem a universidade

Acordar com empresas de entretenimento produtoras de programas de grande audiência a inserção de mensagens promotoras da literacia em saúde

Combater o idadismo (discriminação em razão da idade) através de campanhas que promovam aspectos positivos do envelhecimento e identifiquem os contributos dos idosos para a sociedade

Promover a transição progressiva para a reforma e incentivar a criação de estruturas ou recursos que sejam agentes facilitadores desta mudança

Criar, organizar e divulgar redes de prestação de cuidados prestados ao domicílio e em ambulatório e apoiar nas necessidades pontuais de manutenção do conforto no domicílio das pessoas idosas

Criar ambientes de suporte físico e social nos bairros, permitindo a permanência das pessoas idosas em suas casas e comunidades o maior tempo possível

Desenvolver sistemas de monitorização que permitam o “ageing in place” com qualidade e segurança

Cumprir a lei no que concerne à eliminação de barreiras arquitectónicas

Preparar zonas pedonais que facilitem a deslocação de pessoas a pé ou em cadeira de rodas

Criar Loja Móvel do Cidadão Idoso e gabinetes de apoio ao idoso nas autarquias ou juntas de freguesia



Segurança


Avaliação sistemática em todas as pessoas idosas de sinais de violência pelo menos uma vez por ano, nos centros de saúde

Generalizar a circulação de autocarros com piso rebaixado e formar os condutores para o transporte de pessoas idosas

Semaforização com temporização adequada aos idosos

(Extraído do artigo da autoria de Natália Faria intitulado "Governo acolhe estratégia para tornar Portugal num país “amigo dos idosos”", publicado no jornal "Público" de 18 de Setembro de 2017)

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