sexta-feira, 28 de outubro de 2016

Bruno Nogueira fala sobre as cinzas dos cremados

A Igreja Católica proíbe que os fiéis espalhem as cinzas de mortos cremados ou que as conservem nas suas próprias casas, segundo um novo documento aprovado pelo Papa Francisco.

A "Congregação para a Doutrina da Fé" redigiu um novo texto com o nome Instrução Ad resurgendum cum Christo, actualizando o anterior, de 1963, perante novas práticas de sepultamento e de cremação consideradas em "desacordo com a fé da Igreja".

No documento, divulgado na passada terça-feira, explica-se que, embora a Igreja Católica continue a preferir o sepultamento dos mortos, a cremação é aceite. Porém, os fiéis estão proibidos de espalhar as cinzas e, inclusive, o funeral pode ser negado caso isso seja decidido.

"Para evitar qualquer tipo de equívoco panteísta, naturalista ou niilista, não será permitida a dispersão das cinzas no ar, na terra ou na água ou, ainda, em qualquer outro lugar. Exclui-se ainda a conservação das cinzas cremadas sob a forma de recordação comemorativa em peças de joalharia ou em outros objectos", orienta o texto divulgado, aprovado pelo pontífice.

O consultor da "Congregação para a Doutrina da Fé", Ángel Rodrígez Luño, explicou que a conservação das cinzas em casa só pode ser permitida em casos de "graves e excepcionais circunstâncias", em que uma pessoa faça esse pedido por "piedade ou proximidade".

Para a Igreja Católica, a conservação das cinzas em cemitérios ou em outros locais "favorece a memória e a oração pelos defuntos da parte dos seus familiares e de toda a comunidade cristã".

"Por outro lado, deste modo, evita-se a possibilidade de esquecimento ou falta de respeito que podem acontecer, sobretudo depois de passar a primeira geração, ou então cair em práticas inconvenientes ou supersticiosas", afirma o texto.
O comediante Bruno Nogueira, na sua rubrica matinal "Mata-bicho", na Antena 1, parodiou hoje esta questão. Escutemos (com a necessária indulgência...) o seu "Cremado e Escaldado".

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