domingo, 13 de março de 2016

Ainda a propósito da cerimónia de posse de Marcelo Rebelo de Sousa

Excerto do artigo de opinião de Teresa de Sousa, intitulado "Gente da minha terra", publicado hoje no jornal "Público":

.../...«As imagens do Salão Nobre da Assembleia da República com os protagonistas do dia – Marcelo, Cavaco, Ferro e Costa – numa amena e descontraída cavaqueira, fizeram passar diante dos meus olhos o filme dos 40 anos de democracia que já levamos. Não, não se tratou de conversa formal entre gente civilizada. Os gestos, os sorrisos, o modo como a conversa fluía iam muito mais além. Porquê? Porque António Costa, que percebe perfeitamente a diferença entre a pessoa e a instituição que representa, tratou de garantir ao Presidente cessante uma forma digna e justa de abandonar o cargo, ao convidá-lo sem ponta de cinismo a presidir ao último Conselho de Ministros do seu segundo mandato sobre um tema que lhe foi caro, o mar. Cavaco esteve também à altura ao aceitar o convite. Ferro Rodrigues, que infernizou a vida ao então jovem assistente de Finanças (ele e muitos como ele, na crise de 69) e que é hoje a segunda figura do Estado, disse em palavras simples aquilo que é fundamental numa democracia: se os portugueses deram tantas vezes a Cavaco os seus votos, foi por alguma razão que é preciso reconhecer e respeitar. Marcelo fez o resto com a sua natural e irresistível espontaneidade.» .../...

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