sexta-feira, 12 de fevereiro de 2016

Sugere-se aos governantes que pensem antes de decidirem

«O governo de A. Costa, apoiado de forma intermitente pelo PCP e o BE, toma medidas com assinalável precipitação. Recorde-se a eliminação de alguns exames e o novo modelo de avaliação: o ministro da Educação disse ter o apoio dos directores das escolas. Mas o Conselho das Escolas, um órgão consultivo do Ministério, criticou agora o fim dos exames e mudanças a meio do ano lectivo.

A redução para 35 horas semanais do horário de trabalho na função pública é outro exemplo. “A análise e o estudo são absolutamente cruciais nas 35 horas”, disse o ministro das Finanças, ao Diário Económico. Só que análise e estudo só depois de anunciada a medida se realizam. E Centeno reafirmou que essa transição não pode trazer mais encargos para o Estado, algo muito difícil em alguns serviços, como na Saúde.

Daí a trapalhada dentro do próprio governo, onde cada um diz a sua coisa. Fora, a UGT tem uma posição dialogante. Já a CGTP, claro, quer as 35 horas para todos os funcionários, já. Sugere-se aos governantes que pensem antes de decidirem.»

(Artigo de opinião de Francisco Sarsfield Cabral, intitulado "Decidir primeiro, estudar depois", com data de hoje)

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