quinta-feira, 24 de julho de 2014

CPL(quê?)

Ontem, na X Cimeira  da Comunidade dos Países de Língua Portuguesa (CPLP), em Dili, Timor-Leste, a Guiné Equatorial foi aceite, por consenso, como membro de pleno direito, sem que tenha havido votação.

O Presidente Teodoro Obiang governa Guiné Equatorial há 35 anos e é o principal alvo das acusações dos opositores ao regime que denunciam a existência da pena de morte, tortura e outras violações dos direitos humanos. Essas acusações, associadas ao facto de praticamente ninguém falar a Língua Portuguesa naquele país da África ocidental, justificaram um coro de críticas à entrada da Guiné Equatorial na CPLP.

O Presidente português, que não aplaudiu Teodoro Obiang quando este foi chamado ao palco, limitou-se a destacar o conjunto de valores identitários que  os países da CPLP partilham, como são a Língua Portuguesa e os princípios fundadores de defesa da paz, do Estado de direito democrático, dos Direitos Humanos e do desenvolvimento económico-social. Cavaco Silva considerou ainda ser "fundamental que continuemos a deixar claro, no presente e no futuro, que são esses os valores que determinarão as nossas decisões e as nossas iniciativas". Cavaco Silva reforçou os princípios que nortearam a constituição da CPLP.

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